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Empresários cacoalenses criam “Comissão Permanente de Acompanhamento do Aeroporto”

Fonte: Tribuna Popular

11 de Setembro de 2020
Empresários cacoalenses criam “Comissão Permanente de Acompanhamento do Aeroporto”

No final da tarde desta quinta-feira (10), a Associação Comercial e Industrial de Cacoal (Acic) deu início a uma reunião com diversas autoridades estaduais e federais referente à situação atual do aeroporto de Cacoal e à operação da empresa Azul na cidade. O Aeroporto de Cacoal atende toda a população da Região do Café e a falta de estrutura do aeroporto tem dificultado o retorno dos vôos da empresa.

A reunião foi conduzida pela empresária Daniela Bianchini, representando tanto a Facer (Federação das Associações Comerciais e Industriais de Rondônia) como a Acic. Além de empresários cacoalenses, participaram da reunião o presidente da Acic, Ezequias Brás “Tuta Café”, a deputada federal Jaqueline Cassol, os deputados estaduais Adailton Fúria e Cirone Deiró, a prefeita Glaucione Rodrigues, os coronéis Eduardo Antônio Leal e Eder André, representando o Departamento de Estradas de Rodagem e Obras Públicas (DER) e a senhora Elicia Boso, da administração do Aeroporto Capital do Café. Por um breve momento, o senador Marcos Rogério também se fez presente no encontro, realizado através da plataforma Google Meet.

Conforme explicou Daniela Bianchini, os participantes da reunião desta quinta-feira integram um grupo criado para acompanhar todas as ações relacionadas ao Aeroporto Capital do Café. O setor empresarial quer se colocar como parceiro em busca de ações rápidas para o pleno funcionamento do aeroporto. “Foi criada essa Comissão Permanente de Acompanhamento e esse grupo não vai se desfazer enquanto essa situação não for resolvida. A iniciativa privada quer se unir para auxiliar e ajudar dentro do que for possível, para que Cacoal não seja lesada ainda mais”, enalteceu Daniela Bianchini.

Em sua fala, a deputada federal Jaqueline Cassol apontou que a perspectiva da Azul é retomar os vôos em fevereiro de 2021. “Mas nada impede de anteciparmos essa data. Isso conseguindo acelerar as ações, não só as obras, mas principalmente a certificação, que é essencial. A ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) sempre fala que depende do DER, do Governo do Estado, por isso acredito que a melhor forma é trabalharmos em equipe”.

Ao fazer uso da palavra, o deputado estadual Cirone Deiró explanou sobre a situação da Azul em Cacoal. “A Azul de operar devido ao decreto, a pandemia, e agora cobra adequações necessárias para retornar os vôos, que são a estação metereológica, o sistema de rádio, a manutenção da pista e uma série de situações que garantem mais segurança durante o pouso e a decolagem. A Azul sofreu muitos prejuízos por não poder pousar em Cacoal quando não havia boa visibilidade da pista e precisar retornar os vôos para Cuiabá”.

Completando a fala do deputado, a empresária Alessandra Stecca enalteceu: “Por muito tempo a Azul operou em Cacoal com muita dificuldade. Cacoal se tornou uma operação muito cara para a Azul no ano passado, pois o que acontecia é que os passageiros perdiam o vôo, entravam com pedido judicial, conseguiam vouchers e acabaram formando, na realidade, um comércio ilegal, pois a venda de vouchers é ilegal. Agora é justo a Azul querer toda a situação regularizada, para garantir a efetividade dos vôos”.

Por sua vez, o residente adjunto do DER, Coronel Eder Andre, defendeu o empenho do Governo de Estado para regularizar a situação dos aeroportos rondonienses. “Falta de trabalho e empenho não é. Infelizmente não temos pessoal tão capacitado nesta área como desejaríamos. Em momento algum houve fuga do trabalho, temos buscado unir forças para dar conta da demanda. Quanto às pendências, algumas são mais fáceis de resolver, outras não. Cacoal tem alguns problemas a mais, em relação à pista, na drenagem, e a construção da cerca. Quanto à certificação, para que ela ocorra, é preciso cumprir algumas exigências”, destacou.

Completando a fala do adjunto do DER, o Coronel Eduardo Antônio Leal  ressaltou: “O nosso aeroporto não está fechado, está aberto. Se a Azul quiser pousar agora, ela pode! O aeroporto está autorizado a operar de forma visual. Mas nós estamos trabalhando para certificar. O DER já tomou várias medidas, mas não é de uma hora pra outra. Não podemos assumir a culpa e resolver um problema de anos e a Azul também tem que fazer a parte dela! Não teve uma situação que não temos dado andamento e essa união de todos é interessante pra gente poder ajudar o Estado a cumprir essa missão”, ponderou.

Devido a outra agenda de compromissos, o senador Marcos Rogério Marcos Rogério participou por poucos minutos da reunião. “Estou acompanhando muito de perto, de Vilhena à Porto Velho. Coloquei um recurso para auxiliar o DER nos projetos e na aquisição de alguns equipamentos. Em relação ao aeroporto de Cacoal, o que eu posso dizer é que é o mesmo problema de Ji-Paraná, a certificação do aeródromo e a homologação. Eu acredito que é preciso contratar uma empresa especializada para resolver todas as questões técnicas e prestar a consultoria adequada para garantir a certificação do aeroporto. No dia que contratar essa empresa especializa, eu já falei ao representante da Azul, que eles irão assumir o compromisso para retomar a comercialização dos vôos para Cacoal”, enfatizou o senador rondoniense.

Já a prefeita Glaucione Rodrigues colocou toda a estrutura do município à disposição do Estado para contribuir com a resolução dos problemas relacionados ao aeroporto de Cacoal. “Nós temos todo o empenho com o Aeroporto de Cacoal. Estive em Brasília umas quatro ou cinco vezes, apenas para tratar do Aeroporto. A ampliação está sendo feita e agora surgem outros entraves. A prefeitura sempre deu toda a assistência, inclusive na manutenção da pista. Temos o recurso para mobiliário, para os Papis das duas cabeceiras e estamos à disposição do DER para contribuir”. Os PAPIs  mencionados pela prefeita é a sigla em inglês para Precision Approach Path Indicator, que  são os indicadores de  precisão da trajetória de aproximação da aeronave, exigidos pela Anac.

Retomando o uso da palavra, o coronel Coronel Eduardo Antônio Leal,  do DER, ressaltou: “Vislumbramos a necessidade de fazer uma licitação e isso leva pelo menos quatro meses. O trabalho é intenso, não é da noite pro dia. A Anac pede no mínimo quatro meses para analisar toda a documentação enviada, para daí vir fazer a fiscalização. Mas nós vamos conseguir fazer e conto com o apoio de vocês para dar celeridade. Até agora só tenho recebido cobranças. Paro o meu trabalho para responder ofícios que questionam o que eu estou fazendo”.

Na sequencia, Daniela Bianchini colocou todo o grupo de empresários à disposição do DER para colaborar com as ações. “O objetivo é entender o problema, pois surgem informações de todos os lados e a cada momento é elencado um Judas, uma hora é a Azul, noutra é a Anac, em outro momento é o Governo, o DER.

Não estamos aqui como inimigos do governo ou da Azul, estamos na coluna do meio tentando entender a real situação. Pois quando nos unimos nossas forças, as coisas acontecem. Este grupo de trabalho não vai cobrar, mas quer acompanhar e no que for possível ajudar. Nós cacoalenses colocamos a mão na massa. Pois é colocando a mão na massa que conseguimos construir o Hospital do Câncer, conseguimos manter o Cernic. Como empresários estamos colocando nossa confiança no governo, para que o mais rápido possível a situação esteja resolvida. Apesar do aeroporto estar aberto, como o senhor disse, hoje não temos uma empresa aérea pousando aqui. Queremos ser parceiros”, reforçou.

Diante do compromisso dos empresários cacolaenses, Coronel Leal reforçou o compromisso do governo do estado. “Nos deixa mais tranqüilo saber que temos esse apoio. Essa pandemia afetou todos os setores. Vamos trabalhar o quanto for possível para termos este aeroporto funcionando. Estamos correndo para que isso aconteça. Confiem no DER, confiem no nosso governador Marcos Rocha, pois estamos fazendo todo o possível para resolver esta questão o mais rápido possível”.

(Da Redação – Tribuna Popular)

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